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8 filmes para entender o governo militar no Brasil (e pensar duas vezes antes de pedir sua volta)


















No dia, 12/04/15, foi mais um dia marcado por protestos em vĂ¡rias cidades brasileiras.
Alguns pediam pelo fim da corrupĂ§Ă£o, outros queriam a queda da presidenta Dilma. E ainda tinha quem queria os militares no poder novamente.
O que parece Ă© que algumas pessoas nĂ£o sabem exatamente como foi a ditadura militar no Brasil, assim como tem alguns que nĂ£o sabem muito bem o que aconteceria se houvesse um impeachment.
Nesta publicaĂ§Ă£o eu nĂ£o estou defendendo nenhum ponto de vista, eu apenas acredito que quanto mais conhecimento melhor o debate. Por isso abro espaço para compartilhar essa seleĂ§Ă£o de filmes sobre a ditadura militar no Brasil feita por Camila Feiler, do BrasileirĂ­ssimos.

“O Dia que Durou 21 Anos” (2012), de Camilo Tavares





Este documentĂ¡rio mostra a influĂªncia do governo dos Estados Unidos no Golpe de Estado no Brasil em 1964. A aĂ§Ă£o militar que deu inĂ­cio a ditadura contou com a ativa participaĂ§Ă£o de agĂªncias como CIA e a prĂ³pria Casa Branca. Com documentos secretos e gravações originais da Ă©poca, o filme mostra como os presidentes John F. Kennedy e Lyndon Johnson se organizaram para tirar o presidente JoĂ£o Goulart do poder e apoiar o governo do marechal Humberto Castelo Branco.

“Hoje” (2011), de Tata Amaral





Vera (Denise Fraga) Ă© uma ex-militante polĂ­tica que recebe uma indenizaĂ§Ă£o do governo, em decorrĂªncia do desaparecimento do marido, vĂ­tima da repressĂ£o provocada pela ditadura militar. Com o dinheiro ela consegue comprar um apartamento prĂ³prio, alĂ©m de enfim poder ser reconhecida como viĂºva. SĂ³ que, quando estĂ¡ prestes a se mudar, recebe uma visita que altera sua vida.

“Batismo de Sangue” (2007) de HelvĂ©cio Ratton






SĂ£o Paulo, fim dos anos 60. O convento dos frades dominicanos torna-se uma trincheira de resistĂªncia Ă  ditadura militar que governa o Brasil. Movidos por ideais cristĂ£os, os freis Tito (Caio Blat), Betto (Daniel de Oliveira), Oswaldo (Ă‚ngelo AntĂ´nio), Fernando (LĂ©o QuintĂ£o) e Ivo (Odilon Esteves) passam a apoiar o grupo guerrilheiro AĂ§Ă£o Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella (Marku Ribas). Eles logo passam a ser vigiados pela polĂ­cia e posteriormente sĂ£o presos, passando por terrĂ­veis torturas.

“O Ano em que Meus Pais SaĂ­ram de FĂ©rias” (2006), de Cao Hamburguer







1970. Mauro (Michel Joelsas) Ă© um garoto mineiro de 12 anos, que adora futebol e jogo de botĂ£o. Um dia, sua vida muda completamente, jĂ¡ que seus pais saem de fĂ©rias de forma inesperada e sem motivo aparente para ele. Na verdade, os pais de Mauro foram obrigados a fugir da perseguiĂ§Ă£o polĂ­tica, tendo que deixĂ¡-lo com o avĂ´ paterno (Paulo Autran). PorĂ©m o avĂ´ enfrenta problemas, o que faz com que Mauro tena quhe ficar com Shlomo (Germano Haiut), um velho judeu solitĂ¡rio que Ă© vizinho do avĂ´ de Mauro.

“Tatuagem” (2013), de Hilton Lacerda



Recife, 1978. ClĂ©cio Wanderley (Irandhir Santos) Ă© o lĂ­der da trupe teatral ChĂ£o de Estrelas, que realiza shows repletos de deboche e com cenas de nudez. A principal estrela da equipe Ă© Paulete (Rodrigo Garcia), com quem ClĂ©cio mantĂ©m um relacionamento. Um dia, Paulete recebe a visita de seu cunhado, o jovem Fininha (JesuĂ­ta Barbosa), que Ă© militar. Encantado com o universo criado pelo ChĂ£o de Estrelas, ele logo Ă© seduzido por ClĂ©cio. NĂ£o demora muito para que eles engatem um tĂ³rrido relacionamento, que o coloca em uma situaĂ§Ă£o dĂºbia: ao mesmo tempo em que convive cada vez mais com os integrantes da trupe, ele precisa lidar com a repressĂ£o existente no meio militar em plena ditadura.

“AĂ§Ă£o Entre Amigos” (1998), de Beto Brant








Em 1971, Miguel (Rodrigo Brassalto), Paulo (Heberson Hoerbe), ElĂ³i (SĂ©rgio Cavalcante) e Osvaldo (Douglas Simon) participaram da luta armada contra a ditadura militar e acabaram sendo presos quando tentavam assaltar um banco. Eles foram barbaramente torturados, sendo que LĂºcia (Melina AthĂ­s), a namorada de Miguel que estava grĂ¡vida, morreu quando seus algozes colocaram nela uma “coroa de cristo” atĂ© estourar seu cĂ©rebro.
Vinte e cinco anos depois, os quatro amigos ainda se vĂªem e quando vĂ£o para uma pescaria Miguel (Zecarlos Machado) mostra aos amigos uma foto de um encontro polĂ­tico em SĂ£o Paulo, afirmando que uma das pessoas fotografadas foi Correia (Leonardo Villar), o homem que os torturou por meses.
Inicialmente Paulo (Carlos Meceni), ElĂ³i (CacĂ¡ Amaral) e Osvaldo (GenĂ©sio de Barros) contestam a afirmaĂ§Ă£o do amigo, pois oficialmente Correia morreu, mas a verdade Ă© que ninguĂ©m viu o corpo e trĂªs anos depois a viĂºva de Correia faleceu de cĂ¢ncer e, algum tempo depois, os restos mortais dela foram transferidos para outro cemitĂ©rio. Como nĂ£o consta o nome de quem fez o pedido, Miguel acredita que tenha sido Correia.
Na cidade eles confirmam que o corpo estĂ¡ lĂ¡, assim procuram um local de apostas, pois o torturador deles era um viciado em qualquer tipo de jogo, e o acabam encontrando em uma rinha de galos. Os quatro armam uma emboscada e seqĂ¼estram Correia, que inicialmente nega tudo, mas apĂ³s receber de Miguel um tiro na perna admite ser o torturador, mas revela algo inimaginĂ¡vel: ele sĂ³ os prendeu pelo simples fato de que entre eles existia um delator.

“Zuzu Angel” (2006), de SĂ©rgio Rezende





Brasil, anos 60. A ditadura militar faz o paĂ­s mergulhar em um dos momentos mais negros de sua histĂ³ria. Alheia a tudo isto, Zuzu Angel (PatrĂ­cia Pillar), uma estilista de modas, fica cada vez mais famosa no Brasil e no exterior. Paralelamente seu filho, Stuart (Daniel de Oliveira), ingressa na luta armada, que combatia as arbitrariedades dos militares. Resumindo: as diferenças ideolĂ³gicas entre mĂ£e e filho eram profundas. Numa noite Zuzu recebe uma ligaĂ§Ă£o, dizendo Stuart tinha sido preso pelos militares. As forças armadas negam. Pouco tempo depois ela recebe uma carta dizendo que Stuart foi torturado atĂ© a morte na aeronĂ¡utica. EntĂ£o ela inicia uma batalha aparentemente simples: localizar o corpo do filho e enterrĂ¡-lo. Mas Zuzu vai se tornando uma figura cada vez mais incĂ´moda para a ditadura.

“Cabra Marcado Para Morrer” (1984), de Eduardo Coutinho





InĂ­cio da dĂ©cada de 60. Um lĂ­der camponĂªs, JoĂ£o Pedro Teixeira, Ă© assassinado por ordem dos latifundiĂ¡rios do Nordeste. As filmagens de sua vida, interpretada pelos prĂ³pios camponeses, foram interrompidas pelo golpe militar de 1964. Dezessete anos depois, o diretor retoma o projeto e procura a viĂºva Elizabeth Teixeira e seus dez filhos, espalhados pela onda de repressĂ£o que seguiu ao episĂ³dio do assassinato. O tema principal do filme passa a ser a trajetĂ³ria de cada um dos personagens que, por meio de lembranças e imagens do passado, evocam o drama de uma famĂ­lia de camponeses durante os longos anos do regime militar.