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FN FIVE SEVEN, A ARMA ASSASSINA DE POLICIAIS…NO MUNDO DA FANTASIA.



A proibidíssima (no Brasil) pistola FN Five Seven, “a perigosa, danada, malvada, assassina de policiais, tem que ser controlada…” diz quem não entende absolutamente nada sobre armas, munições e conceitos básicos de balística além do que, não consegue fazer uma busca de 5 minutos no Google.
Um dos argumentos dos proibicionistas: “tem energia de fuzil, igual ao 5,56 NATO.” Não,NÃO TEM. O 5,56 NATO tem 1.767 Joules de energia, enquanto o 5,7, quando disparado da FN Five Seven, com a munição restrita, só para forças policiais/militares, tem míseros 538 Joules. Ou seja, o 5,56 tem mais do que 3 vezes a energia de um 5,7x28mm. Em comparação com outros calibres populares nos EUA, perde para todos em configurações de defesa, como o 9mm Parabellum +P (630 J), o .40S&W (660 J), o .45 ACP (700 J) e o .357 Magnum (1.050 J). Podemos parar com esse primeiro mito que o 5,7x28mm é um 5,56 NATO em termos de energia? Em sua versão mais forte não “ganha” nem de um 9mm.
O próximo argumento dos proibicionistas: “Ela passa coletes a prova de bala”. Qualquer um dos calibres acima citados tem versão AP (Armor Piercing – Perfurante), atravessam proteção balística até um certo nível. Existe munição Russa 9mm AP +P, que, aliás, é muito melhor do que um 5,7x28mm para perfurar obstáculos, tais como os coletes balísticos. Mesmo assim, a munição 5,7x28mm AP (ou qualquer outra munição AP de armas curtas) é restrita para forças militares e policiais nos EUA. Mas mesmo se um criminoso conseguisse munição 5,7x28mm AP, poderia conseguir também 9mm AP, que perfura proteção nível IIIA da mesma forma. Aliás, nem a versão 5,7×288 AP disparada da FN Five Seven perfura coletes nível III, só perfura IIIA e níveis menores.
Não vou entrar em tantos detalhes sobre proteção balística, mas o nível IIIA protege contra munições até .44 Magnum, enquanto o III protege de munições de fuzil até o .308 Winchester. Quanto maior o número, melhor a proteção. Essa é outra variável que não se leva em conta. Praticamente qualquer calibre de fuzil perfura o nível IIIA, mesmo sem ser AP (perfurante). Na FN Five Seven, a munição vendida para civis não perfura coletes nível IIIA.

Disparo de uma Five Seven
Outro fator importantíssimo na avaliação de qualquer munição, é o tamanho de cano. O cano da FN Five Seven, com suas 4,8″ (polegadas), não é suficiente para aproveitar todo o potencial do 5,7x28mm. Esse calibre é muito mais eficiente quando disparado de um cano maior, como na submetralhadora P-90, ou numa carabina PS-90. Experimente colocar um .308 Winchester em uma arma com cano de 4″, a balística será completamente diferente do que se disparado de uma arma longa. Por experiência própria, o clarão gerado pela Five Seven denuncia o pouco aproveitamento da pólvora do 5,7x28mm num cano curto.
As vantagens que eu vejo na FN Five Seven são: a trajetória mais reta, o pouco recuo e maior capacidade. Porém, com muitas desvantagens, sendo elas: a impossibilidade de fazer uma arma mais apropriada para porte velado, já que o cartucho é muito comprido, sendo o cabo muito grande, o estampido alto (pense num .357 Magnum), e a pouca expansão do projétil. Aliás, para defesa pessoal, não há grandes vantagens comparada a outros calibres populares de armas curtas. O desejável em uma munição de defesa é expansão controlada, o que é difícil de se obter no 5.7x28mm. Eu prefiro qualquer munição quente em 9mm, .40, ou .45, com projéteis expansivos. A não ser que você utilize o 5,7x28mm para engajar agressores a distâncias longas (você deveria usar um fuzil nesse caso), a maioria dos calibres em uso por policiais no Brasil são muito superiores ao 5,7x28mm, na minha opinião.
Ainda existem poucos dados de confrontos usando o 5,7x28mm, mas eu não estranharia se as estatísticas mostrassem um comportamento comparável ou inferior aos outros calibres mais populares nos EUA (9mm, .40, .45 e .357 Mag). No meu caso, apesar de possuir uma Five Seven, optei por uma G22 em .40 S&W para defesa residencial. Eu prefiro a expansão controlada de um 40 S&W, com quase a mesma capacidade, do que o 5,7x28mm, que talvez tenha resultados semelhantes, ou até piores, mas vai gerar um clarão enorme (um problema à noite) e vai me deixar mais surdo.
Note que o uso do 5.7x28mm em submetralhadoras tem suas vantagens, mas é outro caso que não discuto neste artigo.
Conclusão, não vejo muitas vantagens da FN Five Seven para uso policial ou defesa pessoal/residencial de um civil. A proibição desse calibre no Brasil só pode ser falta de informação. É o medo irracional, quase mítico, de uma arma e seu calibre “mágico”. Só posso dizer que quem propôs essa proibição no Brasil precisa se informar melhor a respeito, assistir uns 2 ou 3 vídeos de testes no Youtube e pesquisar com o próprio fabricante, pois não existe nenhuma explicação técnica para tal proibição. É o proibir pelo proibir, sem nenhuma análise séria do porque proibir.
Finalmente, eu sei que são poucos, mas por favor, se você é um dos que não tinha informação e que espalhou mitos sobre a Five Seven e o 5.7x28mm, por favor pare agora.

By:firearmsbrasil